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Eu quero vê as flores
Eu quero vê as flores

Eu quero vê as flores

Não vejo flores, só vejo dores.

Lagrimas num mundo cinza sem cores.

Os valores do passado hoje estão ameaçados

O que será do futuro com o bem assassinado?

Deixaram de lado até mesmo o mais importante

O tesouro da vida, desvalorizado a cada instante

Encontra-se hoje trancada a saída de emergência

A moral foi violentada, o amor pede clemencia

 

Só vejo sangue, eu vejo lagrimas.

Vejo corpos e vidas sem valer de nada

O grito cala, fica com medo

Alguém nos chama pra acordar do pesadelo

Visões tapadas, rosto sem foco

Pela estrada vagam horda de mortos

Sem sentido em vão sem rota e direção

Viram se fantoches no teatro da ilusão

no nosso coração cercado de cercas e muros

Habita nosso sonho de termos um bom futuro

E nesse escuro a esperança ainda brilha

Numa criança em meio ao caos pra mim sorria

O que dar sentido a vida ainda é de graça

Sofre ameaças, mas sobrevive conforme o tempo passa

É o bem cultivado no peito dos vencedores

Nesse mundo cinza eu inexisto eu quero vê as flores.

 

Por David Jossen Rapjoteiro - O Careta Moderno

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